Aventura nos trens de São Paulo

Ai, trens… o que tu trens que eu não trenho? MUITO BOA ESSA PIADA, riam.

Semana passada peguei pela primeira vez um trem. Não que eu seja boyzinho e não ande de transporte coletivo, mas é que trem em São Paulo quase não existe. O que existe (e eu pego todo santo dia) é o metrô, que é legal, rápido, seguro.

O trem é diferente. Além de demorar 8 a 10 minutos para passar, ele vem lotado, principalmente se estiver no horário de pico que é o momento que eu escolho pra pegar. Chegando à estação, me informo pra que lado tenho que pegar o trem: Grajaú ou Osasco. GENTE, OSASCO DE NOVO NÃÃÃÃO. Sim, era pra Osasco que eu deveria rumar. Ó vida… pela minha cabeça passaram milhões de coisas. A principal era: eu iria dormir de novo? Logo que o trem chegou, percebi que essa seria uma missão impossível… dormir, claro. Pessoas amontoadas, voltando do trabalho, com aquele cheiro agradabilíssimo de CC¹ (SU-VA-CO). Entrei no trem, segurei a respiração e, depois de 25 minutos, eu já estava o roxo, caído e morto. BRINKS, GENTE ó EU AQUI!

Mas falando sério. Às 18h30, ninguém está nas suas melhores condições. Tava bem horrível, a não ser pela musiquinha agradável que tocava ao fundo. Uma música típica de todos os brasileiros, que você ouve em qualquer boteco, esquina, som de carro… QUAL É? QUAL É? QUAL É? Você que disse ÓPERA, ACERTOU! Isso mesmo. No trem toca ópera. Eu não sei de quem foi a idéia, mas muita gente deve preferir ônibus justamente por conta da incessante rotina musical de gosto duvidoso da CPTM. Aguentei longas 4 estações, rezando para sair logo e me livrar daquele mau cheiro desagradável. Quando cheguei à estação da Cidade Universitária e as portas se abriram, minha vontade era de voltar pra dentro do vagão. PUTA QUE PARIUUUU, como aquele rio Pinheiros fede. Nossa, eu comecei a passar mal, ter febre, convulsão e encefalite. Sei lá, tive tudo que era possível. Aquele cheiro era pior que o do meu amigo Rogério quando entupiu a privada da casa da namorada dele. Sério.

Corri bastante pra sair logo de lá e vi um moço entregando uns papeizinhos brancos. Legal, eu já tinha me informado antes e era quase um sonho pegar a PONTE ORCA. Me imaginei no Free Willy quando me falaram que eu teria que pegar isso. Sei lá, um cara gritando IOUUUUU WILLY lá embaixo e uma orca pulando. Todo mundo feliz e aplaudindo o espetáculo da pobre orca que nem trabalha por dinheiro.. é uma mera escrava do sistema capitalista.

Essa é PONTE ORCA… ou, pelo menos, como eu achei que seria. :/

Esse seria eu montado na PONTE ORCA, rs.

Mas como nada é perfeito, vou acabar com o sonho de todos que têm a esperança de pegar a Ponte Orca uma vez na vida. A Ponte Orca é… ISSO AÍ EMBAIXO!

Umas vans, microônibus, coisas com rodas, que te levam até a estação Vila Madalena do metrô gratuitamente. Fiquei desapontado, decepcionado e, quem sabe, desmotivado. Agora, sou um cara mais frio, mais sério, sem aquela alegria de viver. A Ponte Orca e os trens de São Paulo me fizeram ser assim. A vida aqui não é tão bela. Quero que vocês fiquem refletindo com essa minha FRASE DE EFEITO:

A vida é uma passarela, onde todos sobem e todos descem.

Obrigado e tenham um ótimo final de semana.

¹ CC – informação útil – CC significa cheiro de corpo.

5 respostas para “Aventura nos trens de São Paulo”

  1. ameeeeeeei o blog, não consegui parar de ler, rs !
    PERFEITO, e não sofra eu já passei por coisas bem parecidas e algumas piores (trágico) .. bjs ;*

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